Carlos Scliar – Ferro de Passar e peras – Serigrafia (219)

R$ 1.200,00

Descrição

Carlos  Scliar – Ferro de Passar e peras –
Serigrafia
Prova do artista 14/20
Medidas da moldura 72 x 56 cm
Obra 67 x 51 cm
Obs.: Papel apresenta manchas.
 

Biografia
Carlos Scliar (Santa Maria, RS, 1920 – Rio de Janeiro, RJ, 2001). Pintor, desenhista, gravador, ilustrador, cenógrafo, roteirista, designer gráfico.

É aluno de Gustav Epstein em 1934, em Porto Alegre. Participa da fundação da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, em 1938. Reside em São Paulo entre 1939 e 1947 quando integra a Família Artística Paulista-FAP. O primeiro livro de litografias, Fábula, é publicado em 1942. Atua também como cenógrafo e ilustrador, escreve e dirige o documentário Escadas sobre os pintores Azpad Szenes e Vieira da Silva, em 1044. Participa da Segunda Guerra Mundial, convocado pela Força Expedicionária Brasileira.

Entre 1947 e 1950, quando vive em Paris, toma contato com Leopoldo Méndez, gravador mexicano. Funda com Vasco Prado, o Clube de Gravura de Porto Alegre, quando retorna ao Brasil. Em 1956, passa a residir no Rio de Janeiro e lá é diretor do departamento de arte da revista Senhor entre 1958 e 1960. Em 1962 funda a editora Ediarte junto com os colecionadores Gilberto Chateaubriand, Carlos Nicolaievski, Michel Loeb e o pintor José Paulo Moreira da Fonseca.

Os desenhos de Scliar sobre a guerra são publicados em 1969 sob o título Caderno de Guerra de Carlos Scliar. Nos anos 1970 executa painéis para a prefeitura de Porto Alegre. A mostra Ouro Preto, Saudades de Quem Te Ama percorre diversas capitais brasileiras nos anos 1990 e 1999 marca o lançamento do álbum de serigrafias 1500/2000- A Redescoberta do Brasil.

Na obra de Carlos Scliar nota-se a influência de Candido Portinari e Lasar Segall assim como proximidade com o expressionismo. Durante os anos 1940 dedicou-se à gravura, especialmente a litografia e linóleo. Durante sua participação na Segunda Guerra, produziu uma centena de desenhos em nanquim. Dedicou-se também à pintura e à colagem e tem como tema recorrente a natureza-morta dialogando com Morandi, Picasso e Braque.

Cronologia
Realizou, entre outras, as seguintes exposições individuais: 1940 – Primeira mostra individual em São Paulo. 1956 – Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. 1960 – Galeria Tenreiro, Rio de Janeiro. 1961 – Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; Petite Galerie, Rio de Janeiro. 1963 – Profilli, Milão, e Casa do Brasil, Roma, Itália. 1970 – Retrospectiva, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro (exposição de 800 trabalhos, apresentado posteriormente em outras capitais brasileiras). 1971 – Museu de Arte Moderna de São Paulo, Secretária de Cultura do Paraná, Curitiba, PR; Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 1977 – Fundação Cultural do Estado da Bahia, em Salvador; na Oficina de Arte, em Porto Alegre e em Ipanema, no Rio de Janeiro. 1978 – Galeria Ipanema, Rio de Janeiro; Galeria Oscar Seraphico, Brasília, DF; Galeria Ranulpho, Recife, PE. 1979-89 – Galeria André, São Paulo. 1981 – Ana Maria Niemeyer, Rio de Janeiro; Bolsa de Arte, Porto Alegre e Ranulpho, Recife. 1983 – Museu de Arte Brasileira, Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo. 1985 – Sala Corpo, Belo Horizonte; Ranulpho, Recife; Susanna Sassoun, São Paulo; GB-Arte, Rio de Janeiro; Centro Cultural de São Paulo, São Paulo; Museu de Arte de Joinville, Joinville, SC. 1986 – Momento, Curitiba e Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro. 1991 – Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro. Participou, ao longo de sua trajetória, de centenas de mostras coletivas, entre as quais as seguintes: 1935 – Exposição do Centenário Farroupilha, Porto Alegre. 1938, 39 e 51 – Salão da Associação de Artes Plásticas Francisco Lisboa, Porto Alegre (medalha de prata na edição de 1938 e medalha de prata em artes gráficas na de 1951). 1939, 40, 43, 53-55 – Salão do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, Instituto de Belas Artes, Porto Alegre (medalha de bronze na edição de 1953, medalhas de prata em desenho e gravura na de 1954 e medalha de ouro em gravura na de 1955). 1940 – 3º Salão da Família Artística Paulista Rio de Janeiro. 1940-42, 44, 50 – Salão Nacional de Belas Artes, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (medalha de prata na edição de 1940 e medalha de bronze em desenho na de 1941). 1940, 42, 43 e 46 – Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, Galeria Prestes Maia, São Paulo. 1944-45 – Exhibition of Modern Brazilian Paintings, Royal Academy of Arts, Londres, e Norwich Castle and Museum, Norwich, Victory Art Gallery, Bath, Bristol City Museum & Art Gallery, Bristol, National Gallery, Edimburgo, Kelingrove Art Gallery, Glasgow, Manchester Art Gallery, Manchester, Grã-Bretanha. 1945 – Artistas Brasileiros, Montevidéu, Uruguai; Artistas Plásticos do Partido Comunista, Casa do Estudante, Rio de Janeiro. 1946 – Homenagem ao Povo Espanhol, Rio de Janeiro; Os Pintores vão à Escola do Povo, Diretório Acadêmico da Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. 1948 – 8º Salon des Moins de 30 Ans, Paris. 1948, 49 – Exposition d’Oeuvres d’Artistes Latin-Américains, Paris. 1949 – Homenagem a Stalin, Paris. 1950 – La Gravure de Dürer a nos Jours, Paris. 1952 – 1ª Exposição de Arte Moderna de Feira de Santana, Banco Econômico Feira de Santana, BA; Gravadores Gaúchos, Montevidéu, Uruguai; Pequim, China; Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Viena, Áustria. 1953 – 1º Salão de Arte do Conjunto Sanatorial Curicica, Rio de Janeiro; 1º Salão da Câmara Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre. 1954 – Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais, Goiânia, GO; Brasilská Grafika, Praga, República Tcheca; – 4º e 5º Salão Baiano de Belas Artes, Hotel Bahia Salvador BA – medalha de prata em gravura. 1955 – Porto Alegre RS – 3º Salão da Câmara Municipal de Porto Alegre – prêmio em desenho e gravura. 1955, 56, 58, 59, 60 – Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro (prêmio viagem ao país na edição de 1955). 1958 – 1ª Bienal Interamericana de Pintura y Grabado, Instituto Nacional de Belas Artes, Cidade do México, México; O Trabalho na Arte, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. 1962 – Gravuras e Desenhos Brasileiros, Festival dei Due Mondi, Spoleto, Itália. 1965 – Brazilian Contemporary Paintings, Atenas, Grécia; Quatro Pintores Brasileiros, Beirute, Líbano; Quatro Artistas Brasileiros Contemporâneos, Cairo, Egito; Brazilian Art Today, Royal Academy of Arts, Londres, Inglaterra; 2nd Brazilian Contemporary Art, New Orleans, Estados Unidos; Salon Comparaisions, Paris; 7 Brazilian Painters, Telaviv, Israel; Brazilian Art Today, Museum fur Angewandt Kunst, Viena. 1968 – Pinturas de Grandes Artistas Nacionais: pequenos formatos, Galeria Irlandini, Rio de Janeiro; Família Artística Paulista, Auditório Itália São Paulo. 1969 – 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna, São Paulo. 1973 – Quatro de Bagé, Fundação Attila Taborda Bagé. 1974 – O Mar, Galeria Ibeu Copacabana, Rio de Janeiro. 1976 – Por uma Arte Brasileira: Grupo de Bagé, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; Artistas do Rio, Azulão Galeria, São Paulo; O Desenho Jovem dos Anos 40, Pinacoteca do Estado, São Paulo. 1977 – The Original and its Reproduction: a Melhoramentos project, Brazilian-American Cultural Institute Washington, Estados Unidos. 1981 – Pablo, Pablo! Uma interpretação brasileira de Guernica, Funarte, Rio de Janeiro. 1982 – Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Lisboa, e Barbican Art Gallery, Londres. 1983 – 6ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, e Tóquio, Japão. 1984 – Pintura Brasileira Atuante, Espaço Petrobrás, Rio de Janeiro. 1985 – Seis Décadas de Arte Moderna: Coleção Roberto Marinho, Paço Imperial, Rio de Janeiro. 1986 – Território Ocupado, Escola de Artes Visuais/Parque Lage, Rio de Janeiro. 1988 – Os Ilustradores de Jorge Amado, Fundação Casa de Jorge Amado, Salvador; Dez Lustros: Deane, Moraes, Scliar, Ana Terra Galeria de Arte, Vitória, ES. 1990 – Gatos Pintados, Ranulpho Galeria de Arte, São Paulo. 1994 – Os Clubes de Gravura do Brasil, Pinacoteca do Estado São Paulo. 1996 – Arte e Espaço Urbano: quinze propostas, Palácio Itamaraty, Brasília. 1997 – Grupo de Bagé no Clube de Gravura: década de 50, Galeria da Caixa Econômica Federal, Curitiba. 1998 – Imagens Negociadas: retratos da elite brasileira, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; Os Colecionadores – Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras, Galeria de Arte do Sesi, São Paulo. 1999 – 60 Anos de Arte Brasileira, Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal, Salvador; Cotidiano/Arte. O Consumo, Itaú Cultural, São Paulo. 2000 – De la Antropofagia a Brasilía: Brasil 1920-1950, IVAM, Centre Julio Gonzáles, Valência, Espanha. 2001 – Gravuras Brasileiras do Acervo do MUnA: anos 60, 70 e 80, Museu Universitário de Arte, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG. Seus trabalhos foram apresentados postumamente em uma série de mostras, coletivas e individuais, como as que se seguem: 2001 – 4 Décadas, Nova André Galeria, São Paulo; Trilhando a Gravura, Museu da Chácara do Céu, Rio de Janeiro. 2002 – A Recente Coleção do MAC, Museu de Arte Contemporânea, Niterói; Desenhos, Gravuras, Esculturas e Aquarelas, Garagem de Arte, Porto Alegre; JK – Uma Aventura Estética, Conjunto Cultural da Caixa, Brasília. 2003 – Carlos Scliar: pintura de 1948 a 1983, Lisboa; Arte Brasileira: da Revolução de 30 ao pós-guerra, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro. 2004 – Novas Aquisições: 1995 – 2003, Museu de Arte Brasileira, Fundação Armando Penteado, São Paulo.